Li esse texto e me identifiquei muito...achei que devia compartilhar...
O preço do conforto é ser pequeno
– Barão de Mauá. Quem é que não gosta de um bom sofá. Sabe? Um sofá grande,
confortável. Um sofá fofo, macio, quentinho nestes dias frios? Que tal? E se,
além do sofá, colocarmos uma pipoquinha? Ai, que delícia, uma pipoquinha bem
quentinha, com manteiga?
Quem é que não quer? Pois é,
todos nós sabemos o que é conforto. Todos nós sabemos o que nos faz ficar
confortáveis e o que nos faz ficar desconfortáveis. Muitas vezes, se se sentir
desconfortável com alguma coisa é pior até d que ter dor. É pior do que uma
série de situações ruins, porque, aí, sei lá, incomoda uma ciosa dentro da
gente que a gente não sabe o que é.
O desconforto é, de fato, extremamente
desconfortável. E aí você olha para sua vida. Seu pequeno sofá d vida, aquela
zona de segurança onde você encontra. Uma família, um relacionamento, um
emprego, não sei. Aquela coisa que há tempos não é boa, mas é confortável.
Aquela vida, vidinha, que faz com
que você sinta que merece uma coisa de cerveja no fim de cada dia. Que faz você
pensar que não tem problema arrumar só uma paquerinha fora do casamento.
Aqueles pequenos pecados que, de tão pequenos, passam despercebidos. Aquela
tentativa da alma e do espírito que mostra que não, as coisas não estão boas.
Mas estão confortáveis. E por confortável eu digo, você conhece.
Você não precisa pensar muito,
você já sabe como lidar. Pensa, seu eu ficar bem quietinho e não responder, não
arrumo confusão com meu marido. Eu odeio fazer isso, mas, pelo menos, eu não
preciso pensar que meu relacionamento acabou faz tempo. Ou, se eu fizer meu
serviço aqui na firma, médio, ninguém me manda embora e eu não preciso parar e
pensar porque eu queria ser agricultor e agora sou escriturário. E odeio. Mas
pago as contas, com dificuldade, não estou passando fome. Ai que lindo! Fiquei
até comovida agora.
A frase: “O bom é inimigo do
ótimo”, é extremamente verdadeira. E quer dizer isso mesmo que, muitas vezes,
não queremos sair da nossa zona de conforto. Ah, os amigos são pessoas ótimas,
mas ir até lá? Poxa, fulana mora tão longe, tão distante! Não seria melhor
ficarmos aqui, pedir uma pizza? Vou ter que me arrumar para ir pra festa? Ah,
mas eu não tenho um sapato. Vou ficar em casa. E a vida passando lá fora. E a
vida correndo, até o dia em que você olha no espelho e pensa: quem é essa
senhora? O que ela fez da vida? Ela se divertiu? Ela dormiu pelada só pra
refrescar, nadou num rio que não conhecia a água?
Ela tomou pelo menos um porre?
Ela dançou até as cinco da manhã? Ela se sujou de vida? Ou ela ficou bem? Confortável,
acompanhada de uma tv a cabo e um cálice de vinho barato (porque, né, não deu
para comprar um melhorzinho). O que diabos você quer da sua vida? Outro dia
ouvia a expressão: preguiça de viver.
A preguiça de viver é a irmã caçula
da depressão. Você vai tendo preguiça de fazer as coisas. Preguiça de vencer
seus medos, preguiça de tentar. E um dia você está tão instalado na sua zona de
conforto que nem sabe mais quem você é. E espero que, lendo esse texto talvez
você identifique isso em uma ou duas áreas da sua vida. E pense que o tempo
está passando e precisamos só ir em frente. Com medo ou não. Com preguiça ou não.
Precisamos buscar a nossa força, lá dentro e ir atrás do que queremos.
Porque somos muito, muito maiores
do que imaginamos. Temos muito mais talento que nos fizeram acreditar nossos
pais e professores. Somos enormes, gigantes e perfeitos! Então aproveite os seu
potencial, seja ele para o que for. Um trabalho, um hobbie, um novo
relacionamento...
Afinal de contas, do que você
precisa?
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